Lula defende aumento de taxas sobre apostas para reforçar programas sociais no Brasil
Presidente destaca potencial arrecadatório das “bets” e propõe tributação mais alta como forma de financiar políticas públicas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou seu apoio ao aumento da carga tributária sobre as casas de apostas esportivas e jogos online no Brasil. A declaração foi feita durante entrevista concedida no início de julho de 2025, em que Lula destacou a importância de captar mais recursos para financiar programas sociais no país.
Segundo o presidente, o setor de apostas movimenta cifras bilionárias e precisa contribuir de forma mais expressiva com a arrecadação pública. Ele defende que parte significativa desse montante seja direcionada a iniciativas voltadas à população de baixa renda, como o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida e investimentos em saúde e educação.
“Essas plataformas ganham muito dinheiro, e não é justo que o povo pague mais imposto do que quem está lucrando com jogo”, afirmou Lula. A fala reflete a crescente preocupação do governo em regulamentar e fiscalizar o setor, que passou a ter maior visibilidade após a legalização das apostas esportivas em território nacional.
A proposta de aumento nas taxas segue a linha de regulamentações adotadas por outros países, onde operadores de apostas online são tributados de forma progressiva. No Brasil, a recente regulamentação das “bets” já previa cobrança de impostos, mas o governo agora discute elevar essas alíquotas, especialmente diante do alto volume financeiro movimentado.
O debate ganhou força dentro do próprio governo e entre parlamentares, que veem no setor uma oportunidade de ampliar receitas sem aumentar impostos da população em geral. Para o Planalto, além de gerar arrecadação, uma tributação mais robusta também ajuda a combater práticas ilegais e promover um ambiente mais seguro e transparente para os apostadores.
Vale lembrar que o Ministério da Fazenda já sinalizou, anteriormente, interesse em revisar as regras de taxação e ampliar a fiscalização sobre o setor. Agora, com o respaldo direto do presidente, a tendência é que o tema avance de forma mais acelerada no Congresso.
O apoio de Lula sinaliza uma nova fase para o mercado de apostas no Brasil: mais controle, mais responsabilidade e um olhar atento para o impacto social dessa arrecadação. Resta saber como as empresas do setor irão reagir — e se os apostadores verão mudanças no bolso.
Será esse o equilíbrio ideal entre entretenimento e dever fiscal? A discussão está só começando.
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