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Secretários estaduais pressionam por mais verba das apostas para segurança pública

Representantes de 24 estados pedem ao governo federal que amplie o repasse da arrecadação com apostas esportivas para reforçar o combate ao crime

Com a regulamentação das apostas esportivas avançando no Brasil, secretários estaduais de segurança pública estão reivindicando uma fatia maior da arrecadação gerada pelo setor. Em reunião recente no Ministério da Justiça e Segurança Pública, representantes de 24 estados defenderam que parte dos recursos obtidos com as bets seja destinada diretamente ao combate ao crime e à violência.

O encontro ocorreu em Brasília, com a presença do secretário-executivo da pasta, Ricardo Cappelli. Na ocasião, os gestores estaduais argumentaram que a crescente popularização das apostas online — e sua consequente arrecadação bilionária — pode ser uma aliada no fortalecimento das polícias e dos sistemas de investigação e inteligência.

Atualmente, o marco regulatório das apostas prevê destinação de recursos para diversas áreas, incluindo educação, esporte e turismo. No entanto, os secretários querem garantia de repasse fixo para a segurança pública, com valores que possam ser aplicados de forma direta e descentralizada.

Segundo relatos, a demanda ganhou força diante do aumento das operações contra plataformas ilegais, que muitas vezes envolvem organizações criminosas e esquemas de lavagem de dinheiro. Os gestores reforçaram que a estrutura de segurança dos estados precisa acompanhar o avanço tecnológico e financeiro desse novo mercado.

Para Cappelli, o pleito é legítimo e será levado à equipe econômica do governo. “A segurança pública está no centro da agenda nacional, e os recursos vindos das apostas podem, sim, cumprir uma função estratégica nesse contexto”, afirmou.

A proposta é que os estados recebam parte dos valores arrecadados com as apostas de quota fixa — um modelo que já movimenta bilhões no país e que deve crescer ainda mais com a regulamentação definitiva e a entrada de grandes operadoras internacionais.

Com o setor de apostas em franca expansão, cresce também o debate sobre onde e como aplicar os recursos arrecadados. A segurança pública quer seu espaço nesse jogo — e agora a bola está com o governo federal. Será que as bets também vão ajudar a proteger as ruas do país?

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