Estudo revela que jogadores veem cassinos de prêmios como apostas nos EUA

Pesquisa indica percepção do público sobre a natureza das plataformas e levanta debate regulatório.

Um estudo recente realizado nos Estados Unidos revelou que a maioria dos jogadores enxerga os chamados “cassinos de prêmios” como uma forma de aposta, apesar de muitos desses operadores se apresentarem como alternativas legais aos cassinos online tradicionais. A pesquisa mostrou que, para o público, a experiência de jogar nessas plataformas é semelhante à de apostar dinheiro real, mesmo quando os prêmios não são pagos em espécie.

Os cassinos de prêmios funcionam com base na compra de moedas virtuais que podem ser usadas em jogos online. Embora parte dessas moedas seja destinada exclusivamente ao entretenimento, outra parcela pode ser convertida em prêmios, o que aproxima o formato da lógica das apostas convencionais. Essa característica tem levado especialistas e legisladores a questionar se o modelo deve estar sujeito às mesmas regulamentações aplicadas ao jogo online.

Segundo o estudo, essa percepção dos jogadores é influenciada pelo design e pela mecânica das plataformas, que imitam fielmente o ambiente de um cassino tradicional — incluindo slots, roletas e jogos de cartas. A promessa de recompensas, ainda que indiretas, contribui para que o público associe a atividade ao ato de apostar.

O resultado da pesquisa reacende discussões sobre a necessidade de atualizar a legislação para abranger novas modalidades de jogos que, na prática, funcionam como apostas. Nos EUA, enquanto alguns estados avaliam enquadrar os cassinos de prêmios na categoria de jogos de azar, outros ainda tratam essas plataformas como produtos de entretenimento, sem restrições rígidas.

O levantamento reforça que, para os jogadores, a distinção entre entretenimento e aposta é cada vez mais tênue nesse segmento. A tendência é que o debate regulatório ganhe força, especialmente à medida que o mercado cresce e atrai mais usuários em busca de prêmios e emoção no ambiente digital.