Caixa Econômica adia lançamento da própria bet e prioriza outros projetos devido a críticas políticas
A Caixa Econômica Federal decidiu adiar o lançamento de sua plataforma de apostas, inicialmente previsto para este ano, para evitar novos desgastes políticos. O banco agora foca em outras medidas, como programas de reforma de moradias e linhas de crédito para motoboys, enquanto continua defendendo a legalização das apostas no Brasil nos bastidores.
A Caixa Econômica Federal adiou o lançamento de sua plataforma de apostas esportivas, planejada inicialmente para 2024, para evitar novos conflitos políticos, especialmente com parlamentares da oposição. A decisão ocorre após críticas ao projeto, que visavam gerar uma arrecadação de R$ 2,5 bilhões em 2026. Embora a Caixa ainda defenda a legalização do setor, o banco foi orientado pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República a priorizar outras iniciativas mais urgentes, como o programa de reforma de moradias, que possui forte apelo eleitoral e orçamento de R$ 40 bilhões.
Além disso, uma nova linha de crédito para motoboys também está sendo planejada pelo governo em parceria com o Ministério do Trabalho, e medidas ambientais serão destacadas durante a COP30, em Belém, no final deste ano. Segundo um integrante do governo, “a bet não é prioridade nesse momento, há outras entregas”.
O adiamento do lançamento da plataforma ocorre também devido à espera pela regulamentação do Ministério da Fazenda, que busca formas de combater as apostas ilegais e proporcionar maior segurança aos apostadores. A Caixa já obteve a aprovação do projeto pelo Ministério da Fazenda, mas a análise ainda não entrou no mérito político, apenas nos aspectos formais e técnicos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante sua viagem à Ásia no fim de outubro, se irritou com as críticas da oposição e, ao retornar ao Brasil, conversou com o presidente da Caixa, Carlos Vieira, sobre o tema. A Caixa, por sua vez, continuou defendendo sua bet nos bastidores, argumentando que o projeto visa regular um mercado em que parte das apostas já são realizadas em sites estrangeiros, sem pagamento de impostos no Brasil. Além disso, o banco afirma que a arrecadação das loterias caiu 50% com o crescimento das bets, o que resultou em uma perda significativa de receitas para o governo, que recebe 48% da arrecadação bruta das loterias.
Apesar do adiamento, o banco ainda pretende lançar a plataforma em breve, com expectativa de divulgar mais detalhes sobre o projeto durante o evento da COP30, onde o governo também pretende apresentar suas ações na área ambiental.
Com o adiamento do lançamento da bet da Caixa, a questão das apostas esportivas segue sendo um tema polêmico no Brasil, envolvendo tanto interesses econômicos quanto políticos. Enquanto o governo busca regularizar o setor e aumentar a arrecadação, a oposição continua questionando a viabilidade e os impactos sociais dessa legalização. Qual será o futuro das apostas no país? Compartilhe sua opinião sobre o tema e acompanhe os próximos desdobramentos dessa discussão!



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