Câmara de BH convoca debate urgente sobre o vício em apostas online e seus reflexos na saúde pública
Na terça-feira, 26 de agosto de 2025, Belo Horizonte promoveu uma audiência pública para discutir os impactos do vício em apostas online na saúde mental dos cidadãos. A iniciativa mobilizou vereadores, especialistas e representantes da sociedade visando medidas concretas.
Na manhã de terça-feira, 26 de agosto de 2025, às 10h, a Câmara Municipal de Belo Horizonte realizou uma audiência pública voltada ao debate sobre o enfrentamento à ludopatia — o vício em jogos de azar, apostas online e “bets” — sob o viés da saúde pública.
A inciativa foi proposta pelo vereador Wagner Ferreira (PV), que destacou a preocupação com o aumento de quadros de ansiedade, depressão, endividamento e desestruturação familiar associados à expansão das apostas digitais. Segundo ele, os depoimentos de profissionais da saúde, educadores e familiares reforçam a necessidade de atuação integrada e emergente do poder público em áreas como saúde mental, educação, assistência social e regulação econômica.
A audiência reuniu representantes da Prefeitura, das secretarias de Saúde municipal e estadual, do Conselho Regional de Psicologia e do Conselho Regional de Medicina, além da Rede Abraço e coordenadores dos Centros de Referência em Saúde Mental (CERSAMs). O objetivo foi avançar na criação de ações eficazes de prevenção, tratamento e marcos normativos que possam mitigar os impactos sociais desse comportamento compulsivo.
O debate ganha relevância diante de outros projetos em tramitação na Câmara. Um deles, de autoria do próprio Wagner Ferreira e outros vereadores, visa proibir a publicidade física de casas de apostas em Belo Horizonte, inclusive contratos públicos e naming rights, além de instituir o Dia Municipal de Conscientização e Enfrentamento ao Vício em Apostas, celebrado em 1º de abril.
Ao mesmo tempo, o Executivo municipal propôs reduzir a alíquota do ISS de 5% para 2% para empresas de apostas online, medida vista por alguns como atrativa economicamente, mas criticada por parlamentares que associam o setor à ludopatia e seus custos para a sociedade.
A audiência pública marcou um ponto alto na discussão sobre os efeitos do vício em apostas na população de Belo Horizonte. Saúde mental, regulação, prevenção e responsabilidade social tornaram-se pauta urgente na capital mineira. A grande questão agora é: será este o início de uma política pública firme e duradoura para proteger os cidadãos da ludopatia? Compartilhe, comente e junte-se a essa conversa essencial.
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