CPI das Bets marcará audiência com presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria
Comissão quer entender impacto das apostas na saúde mental dos brasileiros; especialista deve alertar sobre riscos de vício e prejuízos financeiros
A CPI das Apostas Esportivas (CPI das Bets), que investiga o crescimento desenfreado do setor no Brasil, convocou o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Dr. Antônio Geraldo da Silva, para depor nos próximos dias. O objetivo da comissão é entender os efeitos das apostas online na saúde mental dos brasileiros, especialmente entre jovens, e discutir possíveis medidas de proteção.
O que será discutido?
O psiquiatra deve apresentar dados alarmantes sobre:
✔ Aumento de casos de dependência – Jogos de azar podem causar vício semelhante ao de drogas, com prejuízos graves à vida pessoal e financeira.
✔ Risco entre jovens – Plataformas de apostas usam estratégias agressivas de marketing, como bônus e anúncios com influenciadores, para atrair apostadores cada vez mais novos.
✔ Falta de políticas públicas – O Brasil ainda não tem um plano eficiente para tratar o vício em jogos, diferentemente de países como Reino Unido e Suécia.
— “Precisamos tratar o vício em apostas como uma questão de saúde pública. Muitos pacientes perdem tudo e desenvolvem depressão e ansiedade”, adiantou o Dr. Antônio Geraldo em entrevista recente.
Pressão por regulamentação mais rígida
A CPI já ouviu representantes de casas de apostas, influenciadores digitais e órgãos de defesa do consumidor. Agora, com o depoimento da ABP, a expectativa é que a comissão fortaleça recomendações como:
🔴 Limitar propagandas de apostas, especialmente em eventos esportivos e redes sociais.
🔴 Criar campanhas de conscientização sobre os riscos do vício.
🔴 Exigir que plataformas identifiquem jogadores problemáticos e ofereçam ferramentas de autoexclusão.
Próximos passos
Após a oitiva do presidente da ABP, a CPI deve convocar mais especialistas em saúde mental e representantes do governo para discutir políticas de prevenção. O relatório final, que pode incluir propostas de lei mais duras, deve ser apresentado até o fim do ano.
Enquanto isso, a pergunta que fica é: O Brasil está preparado para lidar com os efeitos colaterais do boom das apostas online?
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