Educação financeira nas escolas busca conter avanço das apostas entre adolescentes
Com o crescimento acelerado das apostas online no Brasil, um novo desafio vem preocupando educadores, autoridades e especialistas: o envolvimento precoce de adolescentes com plataformas de apostas, muitas vezes ilegais. Em resposta a esse cenário, iniciativas de educação financeira nas escolas têm ganhado força como ferramenta preventiva para orientar os jovens sobre os riscos e limites do jogo.
Segundo a matéria publicada na sexta-feira (1º), programas de educação financeira estão sendo reforçados em diversas redes de ensino, com o objetivo de desenvolver noções básicas de orçamento, consumo consciente, planejamento e, principalmente, discernimento sobre práticas que envolvem risco financeiro como as apostas.
A proposta é mostrar aos estudantes que o dinheiro deve ser tratado com responsabilidade e que promessas de ganhos rápidos, comuns no universo das bets, podem representar armadilhas perigosas. Educadores destacam que muitos adolescentes são atraídos por influenciadores digitais e conteúdos que romantizam o universo das apostas, sem alertar para os prejuízos e consequências emocionais envolvidas.
A entrada de menores de idade em sites de apostas é proibida por lei, mas ainda existem brechas e falhas na fiscalização, que permitem o acesso por meio de cadastros falsos ou contas de terceiros. A preocupação com essa realidade fez com que o tema entrasse de vez no radar de instituições educacionais, que agora discutem formas de abordar o assunto de maneira clara e preventiva dentro das salas de aula.
Especialistas reforçam que a educação financeira não deve se limitar à matemática do dinheiro, mas sim incluir debates sobre comportamento, influência digital, impulsividade e ética no uso dos recursos. A ideia é empoderar os jovens com conhecimento e senso crítico para que possam tomar decisões mais conscientes hoje e no futuro.
Com o avanço da regulamentação das apostas no Brasil, o tema ganha ainda mais relevância. A longo prazo, o investimento em educação pode ser a chave para equilibrar o crescimento do setor com a proteção das próximas gerações.
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