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Forças Armadas querem parte dos recursos das bets para projetos esportivos

Forças Armadas querem parte dos recursos das bets para projetos esportivosMilitares defendem que verba das apostas esportivas seja destinada ao esporte de alto rendimento e a programas sociais das Forças.

Durante audiência na Comissão de Esporte do Senado, realizada em 6 de agosto de 2025, líderes militares defenderam que os recursos arrecadados com as apostas online (bets) sejam destinados também ao esporte militar brasileiro. Segundo o general Paulo Afonso de Melo, presidente da Comissão Desportiva Militar do Brasil, a falta de previsibilidade orçamentária ameaça a continuidade de programas como o “Atletas de Alto Rendimento” — responsável por 11 das 20 medalhas brasileiras conquistadas nas Olimpíadas de Paris — além de projetos sociais voltados a crianças e adolescentes, incluindo os com deficiência ou em situação de vulnerabilidade.

Ele destacou programas como o “Força no Esporte”, que já atendeu jovens de 125 cidades da rede pública, e o “João do Pulo”, voltado a menores com deficiência em 18 municípios, com impacto positivo para cerca de 300 mil crianças. O general lembrou ainda que, embora o esporte militar seja parte do Sistema Nacional do Esporte conforme a Lei Geral do Esporte, ainda não foi incluído entre os beneficiários da distribuição dos recursos das bets.

A senadora Leila Barros, presidente da comissão, e o senador Chico Rodrigues se comprometeram a levar a proposta ao relator da medida provisória que redistribui a arrecadação das apostas, deputado Carlos Zarattini.

Esse movimento ganha força depois do debate mais amplo sobre a regulamentação das apostas no país, incluindo sugestões de destinar parte da arrecadação para o Fundo Nacional do Esporte, como prevê um projeto em tramitação na Câmara dos Deputados.

Para o universo das apostas, essa discussão adiciona uma camada importante: o setor não serve apenas como fonte de receita, mas também como instrumento para fortalecer políticas públicas no esporte, especialmente aquelas que contribuem para formação social, inclusão e performance em nível olímpico. Resta saber se esse investimento será reconhecido e implementado — ou seguirá apenas como uma proposta nas comissões.

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