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IBJR lança campanha para conscientizar sobre apostas regulamentadas e combater mercado ilegal no Brasil

O Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR) intensifica ações de conscientização sobre apostas no país com uma campanha que será veiculada até o final de 2025. O objetivo é alertar apostadores sobre os riscos do mercado clandestino e a importância de utilizar plataformas regulamentadas pelo Ministério da Fazenda.

Durante o programa Debate Bet, o diretor e conselheiro do IBJR, André Gelfi, destacou que “o dinheiro que se aposta no mercado clandestino muitas vezes vai para fora do Brasil”, reforçando a necessidade de regulamentação e proteção do apostador.

Mercado ilegal ainda domina

Segundo pesquisa encomendada pelo IBJR ao Instituto Locomotiva e à LCA, aproximadamente 50% do mercado brasileiro de apostas opera na clandestinidade. O estudo também aponta que cerca de 70% dos apostadores tiveram contato com sites não regulamentados, representando perda de arrecadação estimada entre R$ 10 e 11 bilhões anuais.

Apesar de regulamentado apenas em 2024, com regras em vigor desde janeiro de 2025, o mercado formal já conquistou metade da participação total do setor. Contudo, especialistas destacam que esse avanço precisa ser consolidado por meio de ações educativas.

Campanha educativa

A campanha, voltada especialmente para apostadores que podem estar utilizando plataformas ilegais sem perceber, ensina a identificar sites regulamentados, que possuem o domínio .bet.br, exclusivo para empresas autorizadas.

O conteúdo inclui quatro vídeos, sendo um deles focado na proibição de apostas para menores de idade. O vídeo principal traz o conceito “Tem bet e tem bet”, destacando a diferença entre sites legais e clandestinos. Além de televisão, os materiais circulam em redes sociais.

Gelfi ressaltou que plataformas regulamentadas oferecem ferramentas de proteção ao usuário: “Temos lá no instituto um dispositivo que alerta para quem passou da conta”. Beatriz Gimenees, da DF Digital, enfatizou o compromisso com compliance: “Olha, eu quero ter essa estrutura”.

Desafios e oportunidades

A pesquisa mostrou que 70% dos apostadores em sites ilegais não demonstram interesse em conhecer plataformas legais, e muitos sites clandestinos funcionam como “espelhos” de plataformas autorizadas, confundindo usuários.

Durante o debate, Rafael Coraça, da EGT, destacou a importância da educação no setor e a relação saudável que influenciadores responsáveis podem criar com seu público: “Eu nem quero apostar, só quero ver você jogar, quero assistir, né? Já tô me divertindo.”

Os participantes também alertaram para riscos de aumento de impostos no setor, que poderiam favorecer o mercado ilegal, e defenderam o bloqueio de meios de pagamento para sites clandestinos como solução estratégica, embora sem detalhar a implementação.

Segundo Gelfi, o maior desafio do setor é “trazer luz a esse debate para que a gente possa, de fato, ter um mercado sustentável. Não existe mercado bom para o operador, ruim para sociedade ou para o Estado. Tem que ser bom para todo mundo.”

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