Lacuna na lei das bets represa mais de R$ 150 milhões que deveriam ir para o esporte
Falta de regulamentação clara atrasa repasses e gera tensão entre governo e entidades esportivas.
Mais de R$ 150 milhões que deveriam ter sido destinados ao esporte brasileiro permanecem represados por causa de uma brecha na legislação das apostas esportivas. A ausência de regras claras sobre a destinação dos recursos tem impedido que os valores cheguem a programas e entidades que dependem desse financiamento para manter suas atividades.
Segundo representantes do setor, o impasse ocorre porque a lei que autorizou as bets não detalhou de forma objetiva como e quando os repasses devem ser realizados. Na prática, isso deixou os recursos bloqueados, sem que clubes, federações e projetos sociais voltados ao esporte tenham acesso ao dinheiro.
O montante acumulado, que já passa da marca de R$ 150 milhões, seria aplicado em áreas estratégicas, incluindo o fortalecimento do esporte de base, manutenção de programas sociais e investimentos em infraestrutura esportiva. A falta de clareza, no entanto, gera insegurança e frustra expectativas de quem esperava contar com os valores ainda em 2025.
Parlamentares e dirigentes esportivos pressionam o governo para resolver a questão. A criação de mecanismos de distribuição mais transparentes e automáticos é vista como fundamental para evitar que recursos sigam represados no futuro.
O caso expõe um dos principais desafios do mercado de apostas no Brasil: transformar o enorme potencial de arrecadação em benefícios reais para a sociedade. A regularização do fluxo de repasses será decisiva para mostrar que o setor pode, de fato, contribuir para o desenvolvimento esportivo do país.
A grande questão é se o governo vai agir com rapidez para corrigir a falha ou se o esporte seguirá aguardando, enquanto milhões continuam parados em vez de fazer diferença na vida de atletas e comunidades.
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