O Paradoxo das Apostas no Brasil: Crescimento Promissor e o Desafio da Conformidade Regulatória
A regulamentação do mercado de apostas no Brasil trouxe um novo cenário: um setor com grande potencial de crescimento, mas com um alto risco de erros no processo de verificação dos usuários. A Lei nº 14.790/2023 exige verificações rigorosas, e os operadores precisam automatizar processos para garantir conformidade e otimizar conversões.
O mercado de apostas no Brasil nunca foi tão promissor, mas também nunca foi tão arriscado. O setor, recentemente regulamentado pela Lei nº 14.790/2023, traz um novo desafio para os operadores: garantir a conformidade com exigências rigorosas de verificação sem perder a oportunidade de crescer. Se mal implementadas, essas verificações podem impactar diretamente na conversão de usuários e até colocar em risco a licença do operador. Por outro lado, negligenciar as exigências pode resultar em multas pesadas.
A lei estabelece seis verificações obrigatórias durante o cadastro do usuário, cada uma com sua própria complexidade. Vamos entender o que está por trás de cada uma delas:
- CPF: Não basta que o CPF exista. Ele precisa estar regular na Receita Federal, sem registros de óbito, e seus dados precisam bater perfeitamente com a base oficial. Qualquer erro, como um nome com acento errado ou data de nascimento com dígito trocado, precisa ser identificado antes que cause problemas.
- PEPs (Pessoas Politicamente Expostas): O processo de identificar uma PEP é complexo, pois é necessário rastrear até o segundo grau de parentesco. Isso inclui pais, avós e filhos de indivíduos com cargos públicos relevantes. Além disso, as bases de dados sobre PEPs são constantemente atualizadas, exigindo acompanhamento contínuo.
- PLD-FT (Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Financiamento ao Terrorismo): A consulta a listas restritivas internacionais é essencial para garantir que o usuário não tenha vínculos com atividades ilícitas. Consultar uma única lista não é suficiente; é preciso cruzar múltiplas bases simultaneamente.
- Vínculos com operações: Funcionários de casas de apostas não podem participar de apostas. Isso exige a verificação detalhada de dados da Receita Federal, registros trabalhistas e até informações sobre parentes próximos.
- Vínculos com a SPA (Secretaria de Políticas Antidrogas): Nenhum funcionário que tenha acesso a informações privilegiadas pode fazer apostas, o que exige integrações com bases governamentais específicas.
- Vínculos esportivos: O mercado de apostas também exige a checagem de vínculos com oito modalidades esportivas e suas respectivas entidades. Isso inclui atletas, árbitros, técnicos, dirigentes e até seus parentes de segundo grau.
Essas verificações, quando feitas manualmente, são extremamente demoradas e propensas a erros. Por exemplo, um cadastro manual pode levar de 3 a 5 minutos para ser aprovado, enquanto uma verificação via API leva menos de 30 segundos, tornando o processo de onboarding muito mais eficiente.
O mercado de apostas no Brasil está em um momento decisivo. As empresas que conseguirem automatizar o processo de verificação não apenas garantirão conformidade com a Lei nº 14.790/2023, mas também transformarão esse processo em uma vantagem competitiva. A automação, ao reduzir custos operacionais e eliminar erros, garante maior rapidez e eficiência no onboarding dos usuários, o que aumenta as taxas de conversão e resulta em mais depósitos. Em um setor altamente competitivo, os operadores que souberem adotar essa tecnologia serão os líderes da próxima década. Não se trata mais de uma opção: a automação é o futuro do mercado de apostas no Brasil.
 
								


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