Pesquisa Alerta: 11 Milhões de Brasileiros Apresentam Comportamento de Risco em Apostas
Estudo inédito revela perfil dos apostadores e acende sinal de alerta sobre vício em jogos no país; especialistas pedem políticas públicas urgentes
Um levantamento encomendado pela Associação Brasileira de Defesa da Saúde do Apostador (ABDSA) traz dados preocupantes: 11 milhões de brasileiros (7,5% da população adulta) já desenvolveram padrão de comportamento de risco em apostas esportivas e jogos de azar. O estudo, o mais completo já realizado no país, mapeou hábitos de consumo antes e após a regulamentação do setor.
Principais Achados da Pesquisa
✅ Perfil predominante: Homens (68%) entre 18-34 anos (73%) das classes C e D (61%)
✅ Frequência alarmante: 23% dos entrevistados apostam diariamente
✅ Sinais de dependência:
- 37% já mentiram sobre valores apostados
- 28% usaram dinheiro de contas essenciais para jogar
- 19% já pediram empréstimos para cobrir perdas
Fatores de Risco Identificados
- Publicidade agressiva: 82% relatam ser impactados por anúncios diariamente
- Facilidade de acesso: 54% começaram a apostar via pix instantâneo
- Normalização cultural: 61% veem apostas como “hobby inofensivo”
Especialistas Soam o Alarme
“Estamos diante de uma crise de saúde pública silenciosa“, alerta Dra. Carla Torres, psiquiatra do Instituto de Dependências Digitais. “A regulamentação trouxe avanços, mas falhamos na proteção ao consumidor“.
Comparativo Internacional
O Brasil já apresenta:
- 2x mais apostadores problemáticos que a média europeia
- 3x menos clínicas especializadas que a Argentina
- 5x menos investimento em prevenção que o Reino Unido
O Que Pode Ser Feito?
🔵 Pelo poder público:
- Limitar horários de publicidade
- Criar cadastro nacional de autoproibidos
- Destinar 1% da arrecadação para tratamento
🟢 Pelos operadores:
- Alertas obrigatórios sobre perdas médias
- Limites de depósito automáticos
- Ferramentas de autogestão mais visíveis
🟡 Pela sociedade:
- Quebrar tabus sobre o vício
- Incluir o tema nas escolas
- Oferecer apoio familiar
“Apostar não é crime, mas ignorar esses dados seria irresponsabilidade”
Marcos Rocha, presidente da ABDSA
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