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Regulamentação das apostas é crucial para combater o mercado clandestino, defende IBJR

Após críticas da Febraban sobre as apostas online, o Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR) ressaltou a importância da regulamentação do setor como uma ferramenta para combater práticas ilegais e proteger a sociedade. A organização defende uma fiscalização mais rigorosa e o controle do sistema financeiro para evitar o fortalecimento do mercado clandestino.

O Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR) se posicionou em defesa da regulamentação das apostas online após declarações da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) no 15º Congresso de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo. Isaac Sidney, presidente da Febraban, criticou a legalização das apostas esportivas no Brasil, afirmando que “o Estado errou ao legalizar os jogos”, mas que, uma vez legalizados, os bancos devem manter vigilância absoluta sobre recursos provenientes de apostas.

Embora a crítica tenha se centrado na questão da legalização, André Gelfi, presidente interino do IBJR, defendeu que a regulamentação foi um passo importante para controlar o setor e combater o mercado clandestino, que sempre existiu, mas agora está mais visível. Gelfi argumenta que a regulamentação das apostas online trouxe à tona as questões que precisam ser discutidas e resolvidas, como os problemas de controle no sistema financeiro.

Gelfi destacou que, ao asfixiar o mercado regulamentado, o governo pode empurrar os apostadores para plataformas ilegais, o que representa um risco para a sociedade. “A alternativa para o apostador, que não vai deixar de apostar, é digitar ‘.com’ em vez de ‘.bet’ e ‘.br’”, alertou. Para ele, a concorrência do mercado clandestino está a um clique de distância, e isso pode ter consequências graves para a integridade do setor.

O presidente interino do IBJR também ressaltou que a fiscalização do setor precisa ser mais rigorosa e que é necessário um trabalho colaborativo entre instituições como o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), o Banco Central (BC) e a Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA). Além disso, ele enfatizou que o sistema financeiro, especialmente o Pix, que é amplamente utilizado em transações de apostas não regulamentadas, precisa ser melhor monitorado.

A regulamentação das apostas online no Brasil é uma ferramenta essencial não apenas para garantir a segurança e a transparência no setor, mas também para evitar o crescimento do mercado clandestino, que pode ser impulsionado por uma fiscalização inadequada. O desafio agora é garantir que a fiscalização seja eficaz e que o sistema financeiro seja controlado para que as apostas ilegais não se proliferem. O que está em jogo não é só o futuro das apostas esportivas, mas a integridade de um mercado em crescimento e suas implicações para a sociedade.

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