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Senador usa CPI das Apostas para questionar pesquisa do DataSenado sobre regulamentação do setor

Jorge Kajuru critica metodologia e afirma que levantamento não reflete a opinião real da população brasileira sobre jogos e apostas online.

Durante sessão da CPI das Apostas, o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) levantou uma nova polêmica: ele contestou publicamente a validade da recente pesquisa do DataSenado, que apontou apoio da maioria dos brasileiros à regulamentação dos jogos e apostas no país.

A pesquisa, divulgada em abril de 2024, indicou que 58% da população é favorável à regulamentação das apostas esportivas e dos jogos online. No entanto, para Kajuru, o resultado não representa a realidade. O senador argumenta que a amostragem utilizada — cerca de 2.000 pessoas — seria pequena e enviesada, considerando o tamanho e a diversidade da população brasileira.

“Essa pesquisa não convence. Não podemos basear decisões tão sérias em números que não refletem a maioria dos brasileiros”, disse Kajuru durante os trabalhos da comissão parlamentar de inquérito, instalada para investigar possíveis fraudes e manipulações ligadas às apostas esportivas.

O senador ainda sugeriu que os dados estariam sendo usados como argumento político para acelerar o processo de regulamentação, sem uma análise mais profunda dos impactos sociais e econômicos do setor. “É preciso cautela. Não podemos normalizar o jogo no Brasil com base em levantamentos que não têm representatividade estatística robusta”, reforçou.

A crítica ocorre em meio a um momento de intensos debates no Congresso sobre a regulamentação das apostas, que avança com projetos de lei em tramitação tanto na Câmara quanto no Senado. A CPI das Apostas, por sua vez, tem colocado holofotes sobre temas delicados, como manipulação de resultados, publicidade de casas de apostas e atuação de influenciadores digitais.

Apesar da contestação de Kajuru, o DataSenado reafirma que a pesquisa seguiu critérios técnicos de amostragem e margem de erro aceitável, padrão para consultas públicas conduzidas pelo instituto.

Em um cenário onde números influenciam decisões políticas e econômicas, a confiança nas pesquisas se torna parte do próprio jogo. A pergunta que fica é: quem está de fato representando a voz do povo? No embate entre dados e convicções, o futuro da regulamentação das apostas continua em jogo. E você, confia na pesquisa ou no palpite do senador?

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