Setor de apostas responde a Haddad após fala polêmica: “Não somos praga, somos indústria legal e regulamentada”
Associação rebate declaração do ministro da Fazenda e defende papel econômico e social das empresas de apostas no Brasil
A recente declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificando as apostas online como uma “praga” preocupante, gerou forte reação entre representantes da indústria. A Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) divulgou nota pública nesta semana rebatendo o comentário e defendendo a legitimidade do setor.
No comunicado, a entidade afirma que as empresas associadas atuam dentro da legalidade, seguindo as diretrizes da Lei nº 13.756/2018 e das regulamentações estabelecidas pela Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda (SPA/MF). A associação destacou ainda que o setor está em plena regulamentação e contribui com investimentos, geração de empregos e arrecadação de tributos.
“A fala do ministro não representa o esforço do próprio Ministério da Fazenda, que criou uma secretaria específica para estruturar e regular esse mercado com responsabilidade e transparência”, apontou a ANJL. A crítica foi vista como um possível ruído dentro do próprio governo, já que a SPA/MF tem avançado com a publicação de portarias e regras técnicas para consolidar o novo marco legal das apostas.
A associação também destacou que a indústria de jogos e apostas movimenta bilhões de reais por ano no Brasil, e que o processo de regulamentação tem o objetivo justamente de inibir práticas ilegais, proteger o consumidor e garantir um ambiente saudável de negócios.
Para a ANJL, é essencial que o debate sobre o setor aconteça com base em dados, fatos e responsabilidade institucional e não por meio de falas que possam gerar estigmas infundados. A entidade reforçou seu compromisso com o jogo responsável, compliance e transparência, pilares que norteiam a atuação das empresas do setor.
O embate entre o discurso político e a realidade regulatória evidencia um desafio importante: alinhar comunicação e ação dentro do próprio governo. Com o mercado de apostas em pleno crescimento e em fase avançada de regulamentação, o Brasil precisa decidir se vai tratar o setor como um problema ou como uma oportunidade com regras claras. Afinal, no jogo do desenvolvimento, o diálogo ainda é a melhor aposta.
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