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ENDR consolida modelo centralizado e divulga balanço das atividades no mercado de apostas em 2025

Escritório destaca eficiência nos repasses, desafios operacionais e agenda estratégica para 2026

O Escritório Nacional de Distribuição de Recursos (ENDR) divulgou o balanço de suas atividades em 2025, ano marcado pela consolidação do modelo centralizado de repasses previsto na Lei nº 13.756/2018. Associação sem fins lucrativos, o ENDR é responsável por organizar, centralizar e distribuir os recursos oriundos do mercado regulado de apostas esportivas as bets aos beneficiários legais do sistema esportivo nacional.

Criado pela Portaria nº 41/2025 da Secretaria de Prêmios e Apostas, vinculada ao Ministério da Fazenda, o ENDR tem como atribuição sistematizar e otimizar a distribuição das contribuições privadas destinadas a fundos, comitês e confederações esportivas. O Escritório também analisa contratos, regulamentos e arranjos de competições, assegurando que os cálculos e repasses estejam em conformidade com a legislação.

O modelo centralizado permite que os operadores associados realizem um único repasse mensal da parcela privada da contribuição legal. A partir desse processo, os valores são rateados automaticamente conforme os critérios legais, garantindo rastreabilidade, eficiência operacional e segurança regulatória. Todos os recursos arrecadados pelo ENDR são destinados exclusivamente ao custeio de sua operação.

No primeiro semestre de 2025, o Escritório processou mais de dois bilhões de dados relacionados a apostas esportivas, volume que evidencia a relevância do ENDR para o funcionamento do mercado regulado no Brasil.

Ao longo do ano, o ENDR realizou repasses regulares a diversas entidades, entre elas a Federação de Futebol do Mato Grosso do Sul, Federação Goiana de Futebol, Federação Acreana de Futebol, Confederação Brasileira de Basketball, Federação Catarinense de Futebol, SESI Franca Basquetebol e a Confederação Brasileira de Vôlei, sempre em conformidade com a legislação vigente.

O ENDR apontou como principal desafio em 2025 o cálculo e o pagamento dos valores destinados ao Sistema Nacional do Esporte (SNE). Entre os entraves estão a necessidade de alta precisão na identificação das apostas para cálculo proporcional, a falta de padronização nos relatórios enviados pelos operadores e as dificuldades de fiscalização desses dados, fatores que impactam a automatização dos processos.

Como resposta, o Escritório tem investido em soluções baseadas em inteligência artificial para identificação de padrões e inconsistências. O uso contínuo de técnicas de fine tuning tem ampliado a eficiência e a segurança operacional do sistema.

Segundo Plínio Lemos Jorge, presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), o ENDR vem se destacando pela organização e eficiência. “A atuação do ENDR demonstra um alto nível de organização, eficiência operacional e compromisso com a correta destinação dos recursos, dando previsibilidade, transparência e segurança ao sistema previsto em lei”, afirmou.

Para 2026, o ENDR definiu como prioridades a redução dos prazos de repasse aos beneficiários, o fortalecimento da governança com a estruturação definitiva da diretoria e a criação do Conselho de Administração, além do aprimoramento do modelo de prestação de contas, com auditorias e validação dos cálculos.

Também estão previstas ações para ampliar o diálogo com stakeholders estratégicos, enfrentar desafios de padronização das nomenclaturas utilizadas por provedores de sportsbook, aumentar a publicação formal das regras de competições pelos beneficiários e sofisticar ainda mais as soluções de inteligência artificial utilizadas no mapeamento das competições.

Durante a apresentação dos resultados, o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Mizael Conrado de Oliveira, ressaltou o papel social dos recursos destinados ao esporte. Segundo ele, o esporte vai além da competição, impactando saúde, inclusão e mudança de percepção social, especialmente no caso das pessoas com deficiência.

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